quinta-feira, 28 de julho de 2011

"O SEU PENSAMENTO DETERMINA AS SUAS AÇÕES E REAÇÕES"


Como será que você está pensando? Alguma vez já parou pra pensar nisso? Será que seus pensamentos estão ajudando ou atrapalhando você? Alguns estudos metafísicos apontam que dos aproximadamente 25.000 pensamentos diários, 90% deles são negativos. E o que são pensamentos negativos? São justamente aqueles que não nos trazem nenhum benefício, muito pelo contrário, nos prejudicam. É o que chamamos na psicologia de pensamentos disfuncionais ou desadaptativos.

Mas é fácil dominarmos esses pensamentos? Não; afinal, muitos destes pensamentos são automáticos e repetitivos; e, sendo eles verdadeiros ou não, é difícil embarreirá-los.

Por exemplo, se você não fecha a venda com um cliente importante, que alega que neste mês infelizmente não poderá realizar a compra porque tem que cortar gastos, o que você pensa? “Eu sabia, por mais que eu me esforce eu não consigo. Devo ter dito algo que ele não gostou” ou “Tudo bem, têm meses que realmente fica difícil pra todo mundo, mas tenho certeza que no próximo ele voltará a comprar comigo”.

Quando pensamos da primeira maneira há grande probabilidade de nos sentir mos mal, o que conseqüentemente atrapalhará o desempenho até mesmo com os outros clientes. Mas, se pensarmos da segunda forma, provavelmente o fato pode até nos deixar chateados, mas não nos colocará numa posição de insegurança para executar as demais vendas. Ou seja, o que pensamos repercute diretamente nas nossas emoções e nas nossas ações.

Abaixo segue alguns exemplos de pensamentos disfuncionais e desadaptativos que devem ser combatidos:

Pensamento do tipo Tudo ou Nada

Acontece quando a pessoa tem a tendência de ver as situações em apenas duas categorias (o que chamamos de 8 ou 80). Pessoas que pensam desta forma tem muita dificuldade de visualizar um meio termo. Exemplo: “Não fiz aquela venda, logo sou um péssimo vendedor“ (se eu não for um sucesso total, então eu sou um fracasso).

Catastrofização ou Advinhação

Quando a pessoa prevê o futuro negativamente sem considerar que outros resultados são possíveis. Exemplo: “Eu ficarei tão aborrecido que não serei capaz de agir direito.” (Como sabe? Por acaso tem bola de cristal?).

Generalização exagerada

Toma um simples evento negativo e generaliza para todos os outros. Exemplo: Não fui bem em uma prova, então penso: “Nunca vou bem nas provas”

Leitura de pensamento

Antecipa o que o outro vai pensar. Exemplo: “se eu gaguejar todos vão pensar que estou ansioso”

Ditadura do “deveria”

Cria regras rígidas para si e às vezes para os outros também. Vive muito no ‘dever’, gerando culpa, decepção, vergonha e eterno julgamento de que poderia ter feito melhor. Exemplo: “Eu deveria ter me preparado melhor para a reunião.” “Não deveria ter sentado perto de Fulano.” “Deveria ter falado mais” (não adianta, o passado não volta e pensar desta forma não te permite visualizar o real do agora)

Maximização do negativo

Toma um evento negativo e o aumenta excessivamente. Exemplo: Gagueja em uma reunião, então pensa: “tenho uma péssima dicção.”

Minimização do positivo

Toma um evento positivo e o reduz. Exemplo: Tira 10 em uma prova, então pensa: “Uma simples nota 10 não significa que sou inteligente.”

Abstração seletiva ou Filtro Mental

Você presta atenção (focaliza) um detalhe negativo sem levar em conta o quadro geral. Exemplo: ao fazer uma palestra, observa que uma pessoa está dormindo, então pensa: “Todo mundo está dormindo em minha apresentação.”

Personalização

Pessoa se vê como a única responsável por tudo que acontece. Exemplo: “Meu chefe foi rude comigo porque eu fiz algo errado.”, “O computador quebrou porque eu não sei usá-lo direito.”

Ruminação

Repetição de idéias perturbadoras. Não consegue parar de pensar nos fatos ocorridos ou que vão acontecer. Exemplo: “Eu não vou conseguir, eu não vou conseguir, eu não vou conseguir.” Este tipo de pensamento pode também assumir forma de imagem mental. Exemplo: Você fica se imaginando numa situação onde tudo dá errado.


E QUAL SERÁ A SOLUÇÃO?
Primeiramente deve-se sempre avaliar a forma como se está pensando, para depois sim, poder combater os pensamentos não producentes. Ou seja, primeiro identificar o pensamento disfuncional, e depois buscar um pensamento alternativo.

Experimente, tente, exercite transformar seus pensamentos e verá como tudo mudará. Não há mágica, e sim uma explicação lógica: sentimos e nos comportamos de acordo com a forma como pensamos e interpretamos os fatos.


(Texto da Psicóloga Andrea Valente, postada no Jornal Saúde e Lazer - 04/07/2008)



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